OnlyMingas - T H E B L O G

Sobre a Família São o maior tesouro. Nas adversidades, é quem te segura a mão que conta. É quem te ouve chorar e nada mais faz além de te escutar que conta. É quem está contigo nos momentos de alegria, pura alegria. Nos momentos da brincadeira. Nos momentos sérios. São aqueles que puxam as orelhas quando necessário. Que passam a mão na cabeça quando necessitamos. Passámos por muitos momentos este ano, nem todos foram fáceis nem alegres. Mas a alegria sempre foi presente mesmo nos momentos difíceis. O sorriso, nem que fosse apenas para confortar, esteve lá.  Obrigada por isso. Sobre os Amigos. Aprendi a distingui-los uns dos outros. Sei com quem posso contar em qualquer dia. A qualquer hora . Sei com quem posso contar não interessa quantos anos ou milénios passarem, mesmo que hoje em dia a relação não seja mais a mesma.  Acredito que aprendi a distinguir os sentimentos, as amizades, quem é o quê e porquê. Quem está aqui e quem não está.  Acredito que aprendi a ver quem está no passad

Feliz Natal, Merry Christmas, Joyeux Noël, por aí em diante.... Espero que todos os vossos desejos feitos secretamente, no meio de pessoas que obviamente não acreditam no Pai Natal , mas secretamente esperam que alguém esteja a ouvir, esses desejos mesmo, se realizem no próximo ano. Às vezes os nossos desejos se realizam de outra forma, não da forma que imaginamos, e temos que estar receptivos, e de olhos abertos para aceitar isso. Também é bom vermos as janelas de oportunidade que aparecem na vida, não deixem o que apenas parece uma possibilidade ínfima, não se transforme na reviravolta das vossas vidas. Olho aberto, a vida não espera, e nos dá pistas a cada instante, e em cada momento. Foi o que fiz, eu que nunca fui de arriscar, aceitei abrir a janela de oportunidade que se abriu. E estou feliz por tê-lo feito. Felicidades é o que desejo a todos nós. Prosperidade. Sonhos realizados. Amor. Amizade. Família. Façam os vossos desejos com todo o coração. O Universo

Continuando a odisseia... (Fim de Novembro e início de Dezembro 2010) | Correrias, e mais correrias, tudo tinha que ser entregue. O momento tinha chegado. Após tanto esforço, após vários obstáculos, alguma descrença, alguma desesperança, tudo estava ali. Pronto. Fittings. Conhecer as meninas. Ajustes. Cortes. Foto. Alegria. Frio no estômago constante. Dor física. Felicidade. Countdown. Mozambique Fashion Week | Chegou a hora. Primeiros desfiles, dia 6. Estilistas novos, estreando também nesta aventura. Outros já pela segunda ou terceira vez. E eu, pensando para mim mesma: "não devia ter vindo". Fiquei muito mais nervosa. Dia 7 de Dezembro de 2010 | Noite sem dormir. Preparativos. Cabelo. Sono. Carro. Taxi. Arrasta-pé. Dor. Sorriso e borboletas no ventre. Felicidade e "branco" na mente. Nada de pensamentos negativos. Missão: The Dancer's Walk. Nem sei como consegui dormir aquela tarde. Chegada. Conversa. Make up. Risos (as minhas meninas

Antes de continuar com a minha odisseia, até chegar à semana da Moda Moçambicana, ocorreu-me que não falei ainda das pessoas muito importantes que me acompanharam, que estiveram do meu lado desde que me encontrei na moda. Tenho momentos, como estas longas noites silenciosas que passo, sentada a trabalhar e a tentar criar algo novo para trazer beleza às minhas criações, em que uma esperança vã me aquece o coração, mas esbate o meu ânimo. Sou tão insegura, gosto de ter a certeza de que estou a fazer as coisas da maneira certa, que estou a fazer o correcto. Não tenho medo de fazer o que quero, mas tenho medo de errar a meio do caminho e não ter volta atrás. Quero criar coisas novas, quero conhecer, aprender, aprender e faço-o todos os dias, sim com ajuda, mas há coisas, pequenas coisas, que faço aqui no meu "atelier" particular (ainda), e sinto falta da palavra dela. Sempre podia virar-me para ela, ir sentar lá à casa um dia, e pedir ajuda para pôr u

Em anos, um grande hiato de silêncio artístico me assolaram, desenhava uma vez por ano mas sempre com aquela sensação de desesperança total, como que sabendo de antemão que não o poderia jamais realizar. Maio 2010 | O bichinho recomeça a morder, e com vontade desta vez. Morde, espicaça, arrebita a esperança adormecida. Resolvo recomeçar a desenhar, recomeçar a planear. Sonhar. Junho 2010 | Recebo uma notícia maravilhosa. Oportunidade de trabalhar e aprender com um dos maiores e mais admirados (por mim, que seja), e mais internacionais estilistas de Moçambique:  Taibo Bacar E aí a porta se abriu, finalmente... (Finais de) Agosto 2010 | Inscrevi-me para participar no Mozambique Fashion Week 2010, sem saber exactamente se fazia o certo, mas seguindo o meu instinto. - Dias depois a insegurança quase me venceu, e quase desisti. Agosto-Outubro 2010 | Tudo que fui aprendendo foi enquadrando-se naturalmente, como se o tivesse feito sempre. E, com o tempo, a dúvida de que aquele era

Desde criança gostava de desenhar vestidos de princesa, como todas crianças... Bolinha aqui, sapato pro lado, coisa básica. Entrei numa escola que me abriu os horizontes, aos 13 anos. Em 1999, entrei na Escola Verney, e no ano 2000, com catorze (14), comecei a desenhar. Em 2001 fiz o meu primeiro projecto de colecção, que arquivei como um sonho a realizar. Sempre soube qual era o meu caminho. Entretanto os anos passaram, frequentei a área de "Artes" no ensino secundário, e me encontrei. Mas com os andares da vida, os sonhos foram ficando para depois, as coisas não eram tão fáceis. Não havia curso. Não havia possibilidade. Não sabia para que porta me virar. Não havia portas para abrir . Assim passaram-se anos, fazendo o que era mais fácil, fazendo o que era mais aconselhável, fazendo o "certo". Fazendo o que devia ser feito. Mas algo eu sempre tive muito claro na minha cabeça: - Eu não queria chegar aos 40 anos e pensar "Ai, se eu tivesse tido coragem